O Comitê Olímpico do Brasil (COB) deu um passo importante para fortalecer o esporte olímpico no país ao anunciar, nesta semana, em São Paulo, o novo Programa Olímpico de Patrocínio. A iniciativa, que faz parte do plano comercial para o ciclo 2025-2028, visa atrair mais investimentos e beneficiar não apenas o COB, mas também as confederações das modalidades olímpicas.
Durante o evento voltado ao mercado publicitário, a diretora de Comunicação e Marketing do COB, Manoela Penna, ressaltou a força simbólica dos aros olímpicos e da marca do Comitê, que carregam prestígio e credibilidade no cenário esportivo e publicitário.
Repasses para as modalidades
O novo programa busca garantir que os recursos captados junto a patrocinadores cheguem efetivamente às modalidades, em um esforço para consolidar o Brasil como uma “nação esportiva” — objetivo central da gestão de Marco La Porta e Yane Marques no COB.
O modelo prevê que metade do valor de cada patrocínio seja distribuído de maneira igualitária entre todas as confederações, sem necessidade de contrapartidas. Um quarto do montante será direcionado às confederações que ainda não possuem patrocínios no segmento do parceiro, como no caso da Caixa Econômica Federal, já parceira do COB e que deverá integrar o novo programa a partir de 2026. Essa fatia de 25% será acompanhada de contrapartidas básicas, como publicações nas redes sociais e a exposição da marca em eventos das modalidades.
Os 25% finais, por sua vez, serão destinados a confederações específicas, escolhidas pela própria empresa patrocinadora, para a realização de ações promocionais e iniciativas ligadas ao esporte apoiado.
“É um patrocínio que dá uma universalidade. Ele fomenta o esporte a partir dos 50%. Valoriza e também garante entregas maiores ao patrocinador a partir dos 25% seguintes. E é extremamente mercadológico a partir dos 25% finais”, explicou Manoela Penna.
Olhar estratégico até 2028
Com a meta de criar uma base sólida de apoio financeiro, o COB espera que o novo programa traga mais visibilidade para o ciclo olímpico que culmina nos Jogos de Los Angeles, em 2028. Para o mercado publicitário, a proposta representa uma oportunidade de longo prazo, com retorno contínuo de exposição e engajamento em um dos maiores eventos esportivos do planeta.
A expectativa é que o novo Programa Olímpico de Patrocínio transforme a forma como o esporte olímpico é financiado no Brasil, promovendo um crescimento sustentável e fortalecendo a participação do país no cenário internacional.