Mundial de Atletismo 2025: Brasil bate recorde de medalhas, mas com menos finais

A campanha brasileira no Mundial de Atletismo 2025 terminou com um contraste marcante: de um lado, o melhor desempenho da história em número de medalhas, com três pódios — um ouro e duas pratas. De outro, apenas três finais alcançadas, repetindo o pior resultado do país nesse quesito desde 1993.

Caio Bonfim faz história

O grande nome da delegação foi Caio Bonfim, que brilhou na marcha atlética. O brasiliense conquistou o ouro nos 20km e a prata nos 35km, confirmando sua posição entre os melhores do mundo. Ele se tornou o atleta brasileiro com mais medalhas em Mundiais de Atletismo.

Alison dos Santos mantém protagonismo

Nos 400m com barreiras, Alison dos Santos, o “Piu”, mostrou novamente sua consistência em grandes competições. O brasileiro ficou com a medalha de prata, atrás apenas do norte-americano Rai Benjamin. Foi a terceira medalha do Brasil em Tóquio e a única na pista.

Finais escassas e desempenho aquém do esperado

Apesar das conquistas, o número de finais preocupa. Além da prova de Alison, apenas Izabella Rodrigues, no lançamento do disco (9º lugar), e Juliana Campos, no salto com vara (13ª colocação), alcançaram as decisões. Nenhuma delas conseguiu entrar no top 8.

Com isso, o Brasil igualou o pior desempenho em finais dos últimos 32 anos, repetindo as marcas de 1993, 1997, 2001, 2005 e 2015.

Frustrações e chances perdidas

Alguns nomes eram apontados como fortes candidatos à final, mas ficaram pelo caminho. Luiz Maurício, no lançamento do dardo, não se aproximou da vaga. O revezamento 4x400m masculino foi desclassificado por queima na passagem do bastão. Já Almir Cunha, no salto triplo, ficou a apenas quatro centímetros de avançar à decisão.

O contraste histórico

O retrospecto mostra como a delegação viveu um Mundial ambíguo:

  • Melhor resultado em medalhas da história (1 ouro e 2 pratas).
  • Pior desempenho em finais em 32 anos (apenas três).

Enquanto a marcha atlética reafirma seu espaço como força brasileira no cenário mundial, a pista e os campos ainda buscam maior consistência.


📊 Campanha do Brasil em Mundiais – comparação com anos anteriores

  • 1993: nenhuma medalha, 1 final
  • 2007: 1 prata, 8 finais
  • 2011: 1 ouro, 6 finais
  • 2022: 1 ouro, 1 bronze, 6 finais
  • 2025: 1 ouro, 2 pratas, 3 finais

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