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Modalidades da Ginástica Rítmica: fita, bola, arco, maças e corda

Ginástica Rítmica é um esporte que combina a graça da dança com a precisão de movimentos acrobáticos e o manuseio de aparelhos. A beleza das coreografias com arco, bola, maças e fita esconde curiosidades e dificuldades específicas de cada um. Todos possuem elementos característicos que, quando executados com perfeição, são cruciais para o sucesso de uma série. Com o Mundial de Ginástica Rítmica sendo disputado pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, é a oportunidade perfeita para se aprofundar no esporte. A seguir, o Lado Esportivo detalha os movimentos mais básicos aos mais difíceis (riscos) de cada aparelho, para que você fique por dentro de tudo.

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A Fita: Fluidez e Desafios Inesperados

A fita é, sem dúvida, um dos aparelhos mais visuais e poéticos da Ginástica Rítmica, trazendo uma fluidez inigualável à apresentação. As ginastas desenham no ar movimentos como serpentinas e espirais, criando formas e padrões que encantam o público. No entanto, por trás da aparente delicadeza, a fita apresenta grandes desafios. Dependendo das condições climáticas, como umidade, o tecido pode ficar mais pesado e difícil de manusear, comprometendo a leveza necessária para a performance. Um truque surpreendente utilizado pelas atletas para contornar esse problema é passar uma prancha de cabelo quente na fita, o que ajuda a devolver o seu aspecto normal e a maleabilidade.

A fita é confeccionada com tecidos leves como o cetim, e seu peso total não pode ultrapassar 35 gramas. A vareta que a segura, por sua vez, pode ser feita de madeira, plástico ou fibra de vidro, medindo entre 50 e 60 centímetros de comprimento, com um diâmetro de 0,5 centímetro.

Movimentos Característicos da Fita

•Movimentos Básicos: A ginasta realiza o grupo técnico da fita, apresentando elementos como a serpentina e a espiral. Enquanto executa esses movimentos, ela também incorpora uma dificuldade corporal, como um equilíbrio, demonstrando controle e coordenação.

•Risco: Um dos movimentos de risco com a fita é caracterizado por um lançamento alto – muitas vezes feito com os pés – seguido por dois giros da ginasta. O desafio maior é recuperar o aparelho fora de seu campo de visão, exigindo precisão e consciência espacial.

A Bola: Desafios de Precisão e Controle

A bola é um aparelho que exige das ginastas um controle excepcional e uma sensibilidade apurada. Com formato circular, é feita de borracha ou material sintético, medindo entre 18 e 20 centímetros de diâmetro e pesando aproximadamente 400 gramas. A bola é desafiadora nas acrobacias, podendo ser arremessada, quicada, rolada e lançada entre as atletas, atingindo alturas impressionantes, por vezes chegando a cerca de 8 metros.

Para evitar que a bola escorregue durante a performance, um truque comum entre as atletas é passar refrigerante de cola nas mãos, o que aumenta a aderência. É importante ressaltar que, durante a apresentação, a ginasta não pode segurar a bola apenas com os dedos ou com os pulsos; ela deve mantê-la em constante movimento ou apoiada sobre a mão, demonstrando fluidez e domínio.

Movimentos Característicos da Bola

•Movimentos Básicos: A ginasta inicia o grupo técnico da bola com um grande rolamento do aparelho sobre o corpo. Em seguida, realiza um pequeno lançamento e apresenta uma dificuldade corporal ao recuperar a bola nas costas, fora do campo visual. Ela complementa a série com elementos artísticos e ainda executa os fouettés, giros que são considerados dificuldades corporais.

•Risco: Um movimento de risco com a bola envolve um lançamento, um giro e um rolamento à frente. Dessa forma, a ginasta muda de nível e eixo, e o grande desafio é recuperar o aparelho sem o uso das mãos e fora do campo visual, exigindo uma coordenação e percepção espacial extraordinárias.

As Maças: Precisão e Ritmo em Formas Geométricas

As maças, que lembram pinos de boliche, são utilizadas para desenhar formas geométricas no ar em conjunto com a movimentação do corpo da ginasta. Feitas de madeira ou plástico, cada maça pesa no mínimo 150 gramas e mede entre 40 e 50 centímetros de comprimento. As ginastas podem lançar e recuperar o aparelho, bater no chão ou no corpo, girar e balançar no ritmo da música, podendo segurá-las com uma ou as duas mãos. A manipulação das maças exige grande destreza e coordenação, pois os movimentos são rápidos e precisos.

Movimentos Característicos das Maças

•Movimentos Básicos: A ginasta começa apresentando o grupo técnico das maças com o movimento molinete, caracterizado por rotações com as maças unidas por suas extremidades. Em seguida, ela realiza uma dificuldade corporal com lançamento do aparelho. Depois, um movimento de onda com rotações das maças, demonstrando fluidez e controle.

•Risco: Um risco com as maças envolve um lançamento com dois giros e uma mudança de nível, ou seja, a ginasta começa em pé e termina no solo. O ponto crucial é recuperar o aparelho em um movimento que a arbitragem considera como sendo sem as mãos, o que adiciona um alto grau de dificuldade e risco à performance.

O Arco: Versatilidade e Variedade de Movimentos

Semelhante ao bambolê, o arco tem formato circular e geralmente é feito de madeira ou plástico, pesando no mínimo 300 gramas e medindo entre 80 e 90 centímetros de diâmetro. As ginastas costumam fazer rotações com o aparelho ao redor ou em partes do corpo, além de rolar, arremessar, saltar, lançar e trocar o arco de mãos. Geralmente, é confeccionado nas cores dos collants das ginastas, o que contribui para a harmonia visual da apresentação. Quando comparado aos outros aparelhos, o arco é o que oferece uma maior variedade de movimentos, permitindo coreografias dinâmicas e criativas.

Movimentos Característicos do Arco

•Movimentos Básicos: A ginasta começa o grupo técnico do arco com um grande rolamento sobre o corpo. Depois, realiza um movimento em “oito”, seguido por uma rotação com dificuldade corporal de equilíbrio. Na sequência, faz uma rotação do aparelho em torno do eixo corporal e encerra com o “bumerangue do arco”, em que o aparelho vai e volta no solo, demonstrando controle e precisão.

•Risco: Um movimento de risco com o arco envolve um lançamento alto, um giro e um rolamento à frente. A ginasta troca tanto o nível quanto seu próprio eixo – inicia em pé e realiza o rolamento no solo. Para finalizar, recupera o arco sem as mãos e fora de seu campo visual, um elemento de alta dificuldade que exige muita prática e coordenação.

E a Corda? O Aparelho que Saiu do Programa Olímpico

A corda, um dos aparelhos originais da Ginástica Rítmica, foi retirada da maioria das competições adultas e não faz parte do programa olímpico desde as Olimpíadas de Londres 2012. A decisão foi motivada por questões técnicas e estéticas: o aparelho era considerado menos plástico visualmente e mais difícil de padronizar em termos de avaliação. Atualmente, a corda ainda é utilizada em categorias de base, como infantil e juvenil, e em algumas competições nacionais de menor expressão, servindo como um importante instrumento para o desenvolvimento das habilidades das jovens ginastas.

A História da Ginástica Rítmica: Uma Jornada de Evolução

A Ginástica Rítmica é um esporte relativamente recente, ao contrário da Ginástica Artística, que é uma das modalidades mais antigas do mundo. A Ginástica Rítmica começou a ser praticada na Europa, e a Federação Internacional de Ginástica (FIG) reconheceu a modalidade em 1961, na época com o nome de “ginástica moderna”.

Nos Jogos de Los Angeles 1984, a Ginástica Rítmica entrou para o programa olímpico no formato individual e com o nome de ginástica rítmica desportiva. Doze anos depois, em Atlanta 1996, as provas de conjunto foram incorporadas ao programa olímpico, ampliando o espetáculo e a competitividade. O nome “ginástica rítmica” foi oficialmente adotado na virada do século, em 2000, consolidando a identidade do esporte que hoje conhecemos e admiramos.

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