Rayssa Leal confirmou mais uma vez por que é considerada um dos maiores nomes do skate mundial. A brasileira venceu o Super Crown da Street League Skateboarding pela quarta temporada seguida e ampliou seu domínio absoluto no circuito. A disputa deste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, teve casa cheia e atmosfera intensa. A Fadinha respondeu à altura, entregando uma performance segura e consistente desde sua primeira volta.
A nota final de 32.6 sintetizou o nível apresentado por Rayssa ao longo da decisão. Ela abriu a competição com uma linha precisa, manteve ritmo alto nas tentativas seguintes e não deu espaço para recuperação das adversárias. A australiana Chloe Covell, considerada sua rival mais próxima na temporada, não conseguiu repetir o padrão técnico das etapas anteriores. Com erros nas manobras chave, encerrou a final com 25.4 pontos e ficou em terceiro lugar.
Atuação firme diante de uma plateia que não parou um segundo
Rayssa parecia completamente à vontade diante do público brasileiro. Cada acerto era seguido por aplausos prolongados, reforçando a sintonia entre a skatista e a torcida. A confiança se refletiu na pista. Ela acelerou, conectou obstáculos com fluidez e executou manobras que exigem precisão milimétrica. O comando da prova se consolidou logo na metade da disputa, quando abriu vantagem ampla e administrou os movimentos seguintes com tranquilidade.
A final feminina contou ainda com forte participação japonesa. Akama somou 26.4 pontos e terminou com o vice-campeonato ao encaixar boas execuções em momentos decisivos. Oda garantiu 24.2 e fechou em quarto lugar. Nakayama (10.5) e Yoshizawa (10.3) enfrentaram dificuldades desde as primeiras voltas e não encontraram a consistência necessária para ameaçar as líderes.
Temporada dominante reforça maturidade e constância
A vitória em São Paulo coroou um ano quase perfeito de Rayssa no circuito. Em 2025, ela também triunfou no Arena Stop, em Miami, e no Stop Takeover, em Brasília, ampliando sua sequência de resultados expressivos na SLS. Seu repertório técnico, aliado à capacidade de manter o mesmo padrão em diferentes pistas, tem colocado a brasileira em patamar praticamente inalcançável para a maioria das competidoras.
O tetracampeonato consecutivo reforça a maturidade adquirida ao longo das últimas temporadas. Rayssa se mostra cada vez mais confortável nos grandes palcos, lidando com pressão, expectativa e projeção internacional com naturalidade. Ao mesmo tempo, evolui detalhes de execução que fazem diferença em competições decididas por margens curtas.
Equilíbrio no pódio e domínio amplo no ranking final
O resultado final da etapa paulista refletiu o cenário visto ao longo de todo o dia. Akama, com uma apresentação sólida, garantiu o segundo lugar. Chloe Covell, mesmo aquém do que costuma produzir, ainda assegurou presença no pódio. A japonesa Oda ficou próxima de entrar no top 3, mas perdeu pontos importantes em suas tentativas finais. Nakayama e Yoshizawa completaram a classificação após enfrentarem dificuldades de adaptação à pista do Ibirapuera.
A diferença entre Rayssa e as demais mostrou novamente o tamanho da distância técnica construída pela brasileira nos últimos anos. Seu conjunto de manobras, aliado à leitura de pista, transforma cada volta em uma apresentação que pressiona diretamente as concorrentes. Em São Paulo, esse padrão se repetiu do início ao fim.
Resultado final – Super Crown SLS feminino
1° Rayssa Leal – 32.6 pontos
2° Akama – 26.4 pontos
3° Chloe – 25.4 pontos
4° Oda – 24.2 pontos
5° Nakayama – 10.5 pontos
6° Yoshizawa – 10.3 pontos
