A abertura do Mundial Júnior de Surfe, organizado pela International Surfing Association, colocou a Seleção Brasileira Júnior em posição de destaque no primeiro dia de disputas no Peru. As provas aconteceram em dois palcos distintos, e o time nacional respondeu com autoridade. No Sub-18 feminino, três vitórias consecutivas em Punta Rocas deram o tom da estreia. No Sub-16 masculino, mais dois triunfos e uma classificação sólida reforçaram o bom início.
Vitórias que animam o grupo nas primeiras baterias
O dia começou com a performance segura de Luara Mandelli. A paranaense abriu sua bateria com manobras bem encaixadas em uma direita limpa, que lhe rendeu a melhor nota do confronto. Com escolhas precisas, fechou a disputa com ampla vantagem. Logo depois, Aysha Ratto mostrou confiança e potência no backside. A bicampeã brasileira dominou a bateria desde sua primeira onda e confirmou outro resultado positivo para o país.
Maria Eduarda entrou na água na sequência e entregou a atuação mais consistente entre as brasileiras no dia. Ela encontrou duas direitas com parede longa e executou uma série firme de manobras, somando notas altas que garantiram sua classificação direta. A apresentação chamou atenção pela regularidade e pela leitura apurada do mar de Punta Rocas.
Evolução do surfe feminino e foco em resultado inédito
O trabalho realizado pela Confederação Brasileira de Surf, a Confederação Brasileira de Surf, tem ampliado o espaço e o desenvolvimento das categorias femininas. A nova gestão investiu em programas voltados à base e formou um grupo preparado para brigar por medalha, especialmente pelo ouro ainda inédito entre as mulheres no Mundial Júnior. As atletas destacam o ambiente coletivo como fator determinante para o início consistente.
Avanços no Sub-16 masculino com domínio brasileiro
Em El Bosque, a equipe masculina começou com intensidade semelhante. Arthur Vilar, de apenas 14 anos, conseguiu duas notas importantes ao longo da bateria e administrou a dianteira com tranquilidade. O paraibano mostrou maturidade e confirmou a expectativa criada após suas conquistas nacionais no último ano.
Na mesma praia, Anuar Chiah também dominou seu confronto. O paranaense abriu vantagem logo de início e não deu espaço para reação dos adversários. Sua postura agressiva nas primeiras ondas assegurou a vitória com boa margem. Já Pablo Gabriel avançou em segundo lugar, somando notas suficientes para manter o Brasil com três classificados para a fase seguinte da categoria.
Próximos desafios e estreias ainda pendentes
Com parte da rodada inicial já definida no Sub-18 feminino, as brasileiras aguardam a continuidade da programação para voltar ao mar. Os confrontos da segunda fase já contam com algumas adversárias definidas, enquanto outras dependem do encerramento das baterias restantes.
No Sub-16 masculino, o chaveamento também está encaminhado. Arthur e Pablo se encontrarão na mesma bateria da segunda fase, enquanto Anuar enfrentará um representante de Barbados. A equipe técnica acredita que os três têm condições de seguir avançando no Mundial.
Expectativa para novas apresentações no Peru
Ainda faltam as estreias do time brasileiro no Sub-18 masculino e no Sub-16 feminino. Os próximos dias serão decisivos para medir o nível das demais seleções e ajustar estratégias de acordo com as mudanças de mar em Punta Rocas e El Bosque. O ambiente interno é de confiança, impulsionado pelas performances firmes do primeiro dia e pelo entrosamento entre atletas de diferentes estados.
A competição segue até o dia 14 de dezembro, com transmissão ao vivo pelo site oficial do campeonato.
