Brasil conquista a AmeriCup de basquete e encerra jejum de 16 anos

A Seleção Brasileira de basquete voltou ao topo das Américas. No último domingo (31), em Manágua, na Nicarágua, o time comandado por Aleksandar Petrovic derrotou a Argentina por 55 a 47 e conquistou o título da FIBA AmeriCup 2025. O triunfo encerra um jejum de 16 anos sem levantar o troféu da competição continental — o último havia sido em 2009.

Com a vitória, o Brasil chegou ao quinto ouro da história na AmeriCup e ao 12º pódio no torneio, somando agora cinco títulos, três vice-campeonatos e quatro medalhas de bronze. O feito também reforça a rivalidade contra a Argentina: dois dos cinco títulos foram conquistados justamente em finais diante dos “hermanos”, em 2005 e agora em 2025.

Um jogo decidido na defesa

A final foi marcada pelo equilíbrio e pelo baixo aproveitamento ofensivo das duas equipes. O placar combinado de 102 pontos foi o menor da história das decisões da AmeriCup. A estratégia brasileira ficou clara: neutralizar as principais armas argentinas. E deu certo. “Nossa meta era parar Vildoza, Corbalán e Brussino, e conseguimos. A defesa foi excepcional”, destacou Petrovic após a partida.

O momento decisivo aconteceu nos minutos finais. Restando menos de dois minutos para o fim, o capitão Vitor Benite acertou uma bola de três que abriu dez pontos de vantagem (55 a 45) e praticamente selou o título. A Argentina até tentou reagir, mas encontrou pela frente uma defesa sólida, que limitou os rivais a apenas 47 pontos.

Os destaques da conquista

O armador Yago Santos brilhou mais uma vez e foi eleito MVP da AmeriCup. Na final, ele anotou 14 pontos, incluindo três bolas de três, além de distribuir cinco assistências. Bruno Caboclo contribuiu com 11 pontos e sete rebotes, enquanto Gui Deodato somou nove pontos. Benite foi decisivo nos momentos chave, com oito pontos, sendo dois em arremessos do perímetro.

Na defesa, Georginho de Paula fez história ao registrar cinco tocos — recorde em finais da competição — além de sete rebotes e dois roubos de bola. Lucas Dias também se destacou, com oito rebotes, cinco assistências e três roubos. Pelo lado argentino, Francisco Cáffaro foi o cestinha, com 11 pontos.

Campanha de campeão

A campanha brasileira na Nicarágua foi consistente. Em seis jogos, foram cinco vitórias e apenas uma derrota, para os Estados Unidos na fase de grupos, quando a seleção atuou desfalcada. O momento mais marcante veio na semifinal, quando o Brasil venceu os norte-americanos em uma virada histórica, considerada pelo próprio Yago Santos como “a verdadeira final” do torneio.

Na decisão, coube ao time mostrar solidez e maturidade para segurar a pressão da Argentina e confirmar a taça.

Rivalidade e história

Com o título, o Brasil ampliou sua vantagem sobre a Argentina no histórico da AmeriCup, somando agora 13 vitórias contra nove dos rivais. Apesar da derrota, a Argentina segue como o país com mais pódios no torneio: 15 no total, sendo três ouros, sete pratas e cinco bronzes.

Já o Brasil, com cinco títulos, reafirma sua força continental e mostra que está pronto para novos desafios no cenário internacional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top