O Brasil escreveu neste sábado um dos capítulos mais importantes de sua história na ginástica rítmica. Pela primeira vez, o país conquistou uma medalha em Mundiais da modalidade, garantindo a prata no conjunto geral do Mundial de Ginástica Rítmica Rio 2025, realizado na Arena Carioca 1.
A equipe formada por Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha, sob comando das treinadoras Camila Ferezin e Bruna Martins, somou 55.250 pontos, ficando atrás apenas do Japão, campeão com 55.550. A Espanha completou o pódio com 54.750. É também a primeira vez que um país das Américas alcança medalha em um Mundial da modalidade.
Séries de alto nível
O conjunto brasileiro iniciou a disputa com a apresentação de três bolas e dois arcos, embalada pela canção “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó. A execução limpa rendeu 27.850 pontos, a melhor marca da equipe nesta série em 2025. Na sequência, com a rotina das cinco fitas, o tema foi a “brasilidade”, e as ginastas obtiveram 27.400 pontos, consolidando a liderança parcial.
O Japão, último a se apresentar, superou o Brasil na segunda rotação ao receber 28.350 pontos na série mista. Foi a diferença de apenas 0.300 que definiu a disputa pelo ouro.
Repercussão e continuidade
A conquista coroou um ciclo de evolução do conjunto brasileiro, que já vinha acumulando resultados expressivos em etapas de Copa do Mundo. “É um momento que vamos guardar para sempre. Vai ficar na história da ginástica rítmica mundial”, afirmou a treinadora Camila Ferezin.
A capitã da equipe, Duda Arakaki, destacou a superação após a frustração em Paris 2024: “Voltamos a treinar com o objetivo de hoje. Saímos com a sensação de dever cumprido”.
Além da prata, o Brasil se classificou para as finais por aparelhos, nas séries de 5 fitas e 3 bolas/2 arcos, que acontecem neste domingo (24), a partir das 12h50 (horário de Brasília).
Resultado final – Conjunto geral
- Japão – 55.550 🥇
- Brasil – 55.250 🥈
- Espanha – 54.750 🥉
- China – 53.250
- Israel – 53.150
- Bulgária – 53.150
- Polônia – 52.700
- Alemanha – 51.800
- Ucrânia – 51.200
- França – 50.300
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