A coreografia “Evidências” do conjunto brasileiro de Ginástica Rítmica é um espetáculo de técnica, sincronia e arte, que cativa o público e os juízes. Em um tablado de 13m x 13m, as ginastas realizam movimentos de saltos, equilíbrios e rotações, coordenando o manuseio de aparelhos para obter a nota mais alta possível. A pontuação é definida pelas notas de Dificuldade (D), Execução (E) e Artística (A), e a série “Evidências” é um exemplo primoroso de como esses critérios se entrelaçam para criar uma performance inesquecível. Vamos explorar os elementos que tornam essa coreografia tão especial.
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Colaborações: A Sincronia que Eleva a Dificuldade
As colaborações no conjunto são elementos que contam significativamente para a nota de dificuldade do aparelho. Elas acontecem quando todas as ginastas participam e interagem entre si no movimento, demonstrando um trabalho em equipe impecável. Na coreografia “Evidências”, destacam-se:
A 6ª Colaboração: Arte e Complexidade em Harmonia
A sexta colaboração da série de “Evidências” é um momento de grande complexidade e beleza artística. As ginastas se unem em uma pose artística, criando uma imagem visualmente impactante. Em seguida, uma delas lança dois arcos utilizando o pé, um movimento que exige precisão e controle. Simultaneamente, outras duas atletas recuperam as bolas com as mãos, demonstrando agilidade e coordenação. Para finalizar essa sequência, elas realizam um passo artístico de dança e trocam os arcos novamente, evidenciando a fluidez e a sincronia do conjunto.
A 8ª Colaboração: O Inovador “Túnel”
A principal colaboração na série “Evidências” é o elemento conhecido como “túnel”. Este é um movimento inovador, criado e executado exclusivamente pelo conjunto brasileiro, o que o torna um diferencial da coreografia. As ginastas formam duas passagens para as colegas atravessarem: uma utilizando o arco e outra com o próprio corpo. Este elemento não só demonstra a criatividade da equipe, mas também a confiança e a precisão necessárias para a execução de um movimento tão original e desafiador.
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Trocas: A Precisão nas Transições de Aparelhos
As trocas são momentos cruciais na coreografia de conjunto, onde as ginastas lançam o aparelho para uma companheira, que o recupera. Na série “Evidências”, esse elemento de grande sincronização e complexidade acontece quatro vezes, demonstrando a fluidez e a interconexão entre as atletas. As trocas podem ser simples ou incluir movimentos de alta dificuldade:
A 1ª Troca: Complexidade Pós-Acrobacia
A primeira troca da coreografia “Evidências” mistura movimentos de grande complexidade. As ginastas lançam os aparelhos logo após a execução de uma acrobacia, o que exige um controle excepcional e timing perfeito. Em seguida, elas recuperam os aparelhos fora do campo visual, um desafio que demonstra a consciência espacial e a confiança mútua. Para finalizar, incorporam um elemento artístico de dança, unindo a técnica à expressão.
A 3ª Troca: Mudança de Nível e Dificuldade Elevada
A terceira troca na coreografia “Evidências” apresenta uma dificuldade ainda maior devido à mudança de nível. As ginastas realizam o lançamento do aparelho em pé, giram em círculo e, em um movimento contínuo, recuperam o aparelho no solo. Essa transição do plano vertical para o horizontal, mantendo a precisão e a fluidez, torna o movimento extremamente complexo e valorizado pelos juízes.
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Dificuldade Corporal: A Base da Pontuação Técnica em “Evidências”
A nota de dificuldade corporal no conjunto é formada por elementos de grande complexidade, como os riscos e as trocas já mencionadas. Na coreografia “Evidências”, esses elementos são executados com maestria, contribuindo significativamente para a pontuação. Os riscos, por exemplo, são caracterizados pelo lançamento do aparelho, que pode atingir até 10 metros de altura, seguido pela execução de cambalhotas ou rotações embaixo desse lançamento antes da recuperação do aparelho. Quanto mais alto for o lançamento ou quanto maior for a complexidade dos movimentos realizados sob o aparelho, maior será a nota atribuída.
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Fouettés: Giros de Alta Pontuação em “Evidências”
Os “fouettés” são elementos de grande dificuldade corporal que valem muitos pontos na nota final e compõem uma das partes mais complexas da coreografia de “Evidências”. Eles são identificados como giros rápidos que a ginasta executa no próprio eixo, utilizando apenas uma perna de apoio. Na série “Evidências”, a execução desses giros consecutivos demonstra a força, o equilíbrio e a precisão das ginastas, elevando a pontuação da apresentação.
O Risco Único de “Evidências”: Ousadia e Controle
A coreografia de um conjunto tem apenas um risco principal, e na série de “Evidências”, ele acontece na parte final, um momento de clímax da apresentação. As ginastas lançam os arcos e as bolas, realizam um giro e dão uma cambalhota para frente para recuperar os aparelhos do outro lado, fora do campo de visão. Este elemento combina altura, rotação e uma recuperação desafiadora, demonstrando a ousadia e a técnica apurada das atletas do conjunto brasileiro.
Elemento Artístico: A Alma de “Evidências”
O critério de avaliação artística é o que confere a alma e a personalidade à coreografia “Evidências”. Ele considera diversos fatores que transformam uma sequência de movimentos em uma performance cativante e memorável. Na série “Evidências”, a expressão das ginastas é fundamental, transmitindo a emoção da música e a narrativa da coreografia. A utilização e o aproveitamento de toda a área do tablado são evidentes, com as ginastas explorando o espaço de forma dinâmica e criativa.
Os passos de dança são cuidadosamente incorporados, harmonizando-se com a música escolhida, o clássico “Evidências” de Chitãozinho e Xororó. A coreografia, com seu tema sertanejo, é desenvolvida para criar conexões fluidas entre os movimentos e os aparelhos, mantendo um ritmo envolvente do início ao fim. O conjunto da apresentação é avaliado pela sua coesão, energia e o impacto emocional que causa no público e nos juízes, fazendo de “Evidências” uma coreografia que se destaca não apenas pela técnica, mas também pela sua profunda expressividade artística.
